Secretário de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável fala sobre o Plano de Macrodrenagem do Município, na Câmara Municipal

Plano de Macrodrenagem

Ao iniciar a sua apresentação, Tiago Sartori explicou a diferença entre microdrenagem e macrodrenagem. A primeira, conforme explicado pelo secretário, refere-se ao sistema de captação de água da chuva por meio de guias, sarjetas e bocas-de-lobo, por exemplo. Esse sistema leva essas águas fluviais até o sistema de macrodrenagem, que é formado pelos rios, cursos de águas e córregos.

A formulação do Plano Diretor de Macrodrenagem do Município de Socorro foi contratada pela Sabesp e realizado pela Companhia Brasileira de Projetos e Empreendimentos (Cobrape). Os arquivos do plano estão disponíveis no site da Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (meioambiente.socorro.sp.gov.br/publicacoes).

Concebido em 2021, o Plano de Macrodrenagem, de acordo com o secretário, tem como objetivos ampliar e otimizar a operação do sistema de drenagem e implementar ferramentas de gestão. Ainda segundo Tiago Sartori, o plano contém diagnóstico do sistema de drenagem das águas pluviais, prognóstico, plano de ação com propostas de soluções, investimentos necessários e alternativas de fontes de financiamento.

Inundações

Ao falar sobre inundações, o secretário explanou a respeito do conceito de bacias hidrográficas, que são áreas geográficas drenadas por um curso de água e limitada pelo relevo. Dentro de uma bacia geográfica, há sub-bacias ou microbacias. A partir dessa conceituação, Tiago Sartori explicou que eventos, como chuvas, que acontecem na cabeceira da bacia afetam a baixada.

O secretário da pasta de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável elencou ainda as causas de inundações. Entre elas estão o uso e ocupação do solo, a canalização de cursos d’água, o parcelamento do solo e impermeabilização de grandes superfícies, o desmatamento e a movimentação de terra, o acúmulo de lixo e sedimentos, as obras de drenagem inadequadas, a ocupação de áreas impróprias e inadequadas e as chuvas intensas.

Hidrografia de Socorro

Duas bacias hidrográficas estão no município de Socorro: a bacia do Rio do Peixe e a bacia do Rio Camanducaia. Cada uma dessas bacias, como explicou Tiago Sartori, possuem sub-bacias ou microbacias. Algumas delas são mais críticas e podem afetar a área urbana, causando alagamentos.

Soluções

Ainda de acordo com a apresentação do secretário, o plano contempla soluções que são compostas por medidas estruturais e não estruturais. As primeiras são referentes às obras e estruturas físicas. Já as medidas não estruturais contemplam legislações, medidas de gestão e educação ambiental. No total, os investimentos – estimados em 2020 – no Plano de Macrodrenagem é de R$ 45,6 milhões até 2045.

Tiago Sartori também elencou outras soluções para as áreas da cidade, dos bairros e da zona rural. O secretário ainda destacou que a secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável possui parcerias com ONG’s e com a Coordenadoria de Assistência Técnica Integral (CATI), do estado de São Paulo.

Ao final da apresentação do secretário, os parlamentares puderam fazer perguntas. Os vereadores Marcelo Faria (PSDB) e Thiago Balderi (PSDB) fizeram indagações sobre a aplicação do Plano de Macrodrenagem nos últimos anos e sugeriram a instalação de bueiros inteligentes.

O secretário Tiago Sartori disse que iria buscar informações a respeito dos bueiros inteligentes.  Sobre a aplicação do Plano de Macrodrenagem Tiago Sartori explicou que o plano tem orientado as ações de diversos setores da Prefeitura e que tem sido levado em consideração nas aprovações de obras públicas e empreendimentos.

Por fim, o presidente da Câmara Municipal, vereador Airton Pimenta, agradeceu a presença e explanação do secretário.